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As taxas de juro dos novos créditos estão a descer por duas razões: por um lado, as taxas Euribor, que servem de referência nos empréstimos de taxa variável, continuam a cair (a Euribor a 12 meses já está abaixo de -0,10%); por outro lado, os bancos estão a aplicar spreads (a margem que cobram sobre a Euribor) mais baixos. Desde fevereiro do ano passado, os melhores spreads desceram meio ponto percentual, em média.

Em 2016, a banca portuguesa concedeu 15,8 milhões de euros por dia em créditos à habitação, o triplo do valor que foi registado em 2012, no fundo da crise financeira.

A entrada de um novo concorrente, o Banco CTT, que estreou a sua oferta de crédito hipotecário há cerca de um mês, poderá ajudar a fazer crescer ainda mais o financiamento para a compra de casa. 

Banco CTT: spread único para todos 
O Banco CTT não foi o primeiro a lançar um spread único — o BBVA já tem há muito tempo, mas reservado a quem lhe compre imóveis —, mas democratizou o conceito para todas as famílias. “Queremos trazer o melhor dos spreads para todos os clientes e não ter um bom spread para um conjunto pequeno dos clientes. É uma proposta simples, fácil de entender”, explica João Mello Franco, administrador executivo do Banco CTT.

Crédito à distância exceto na escritura - Não são obrigatórias as deslocações ao Banco CTT durante o processo do crédito à habitação. A aplicação para telemóveis que o banco lançará em breve permitirá apenas uma visita: na escritura, que é efetuada numa das cerca de 200 lojas do banco.

“A app permite saber em que fase está o processo e, pela primeira vez em Portugal, vai permitir tirar fotografias e enviar os documentos. No momento da escritura, [o cliente] apresenta os documentos originais, que são conferidos”, explica João Mello Franco, do Banco CTT.

A margem do Banco CTT é de 1,75% se o cliente domiciliar o ordenado e contratar os seguros de vida e multirriscos da casa junto do banco postal. “Mais de 80% das famílias portuguesas têm connosco a melhor proposta do mercado”, assegura João Mello Franco. Quem não domiciliar o ordenado ou não contratar os seguros, recebe uma proposta de 3%.

João Mello Franco garante que, a partir de março, o Banco CTT começará a aceitar transferências de crédito à habitação e que, no segundo semestre deste ano, terá soluções de empréstimos para a compra de casa com taxa fixa.

Bankinter: o mais económico das simulações 
Nas várias simulações que o Observador conduziu junto da banca, o Bankinter apresentou sempre a proposta mais económica. Em todos os casos, o spread foi de 1,60%. Mesmo quando se analisa a taxa anual efetiva revista (TAER), que, além dos encargos de financiamento, incorpora outros custos, como os prémios de seguros e as comissões bancárias, o Bankinter fica à frente.

O spread não é tudo para o Bankinter. “Quisemos construir uma solução que vá ao encontro das expectativas do consumidor nas diferentes dimensões – preço, processo, serviço”, esclarece Vítor Pereira, diretor do Bankinter. “Medimos os níveis de satisfação dos clientes que contrataram crédito à habitação no Bankinter, que estão acima da média do mercado”, conclui.

O Banco CTT e a Unión de Créditos Inmobiliarios (UCI) — que resulta de uma parceria entre o francês BNP Paribas e o espanhol Santander — ficaram pouco atrás do Bankinter nas várias simulações. João Mello Franco, do Banco CTT, explica que não negoceiam o spread, logo não conseguem igualar a proposta de 1,60% do Bankinter.

A TAER é o melhor indicador para analisar propostas de crédito à habitação, mas tenha atenção que nem sempre é possível fazer comparações justas. No terceiro caso simulado pelo Observador, em que um casal fica a pagar um empréstimo entre os 60 e os 75 anos, a UCI apenas cobra seguro de vida até aos 70 anos, enquanto o Bankinter e o Banco CTT — que ficam na primeira e na terceira posição — cobram durante todo o prazo. 

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