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Oito anos depois de rebentar a crise financeira, um banco europeu voltou a conceder 100% do financiamento a quem quer comprar casa. Trata-se do Barclays, no Reino Unido, que lançou na semana passada um produto de crédito que prescinde da entrada inicial. Em Portugal, onde continua a ser necessário dar entradas iniciais na ordem dos 20%, esta pode ser uma tendência para os próximos tempos?

Um cidadão britânico pode, a partir de agora, dirigir-se a um balcão do Barclays – e, talvez, dos seus concorrentes, em breve – e pedir um empréstimo para comprar casa em que não tem de entregar qualquer entrada inicial. Para já, o banco impõe, todavia, uma condição: alguém (um familiar, por exemplo) tem de fazer um depósito na mesma instituição bancária no valor de 10% do empréstimo. E esse depósito, que é remunerado com juros, não pode ser mobilizado durante os primeiros três anos.

Em Portugal, os bancos têm, lentamente, passado a admitir empréstimos cada vez maiores, na proporção da avaliação ou do valor da escritura (conforme os casos). Neste momento, a maioria dos bancos emprestam até 80% do valor da garantia. Mas instituições com relevância no mercado como o Banco BPI e o Santander Totta já estão a ir um pouco mais longe: 85%.

“Os bancos não vão aumentar as taxas de financiamento até 100% como acontecia antes, porque se isso acontecesse seria uma irresponsabilidade“, concordaram responsáveis como Miguel Costa (do BPI), Carlos Vintém (da União de Créditos Imobiliários – UCI), Vítor Peixoto (do Novo Banco) e António Ribeiro (do Santander Totta) durante a convenção da rede imobiliária KW Portugal, que decorreu em abril passado.

Aqueles responsáveis para as áreas do imobiliário foram unânimes em afirmar que os “clientes [do crédito à habitação] vão ter de ter mais capitais próprios” para conseguirem ver os seus créditos aprovados. Mas já começam a notar-se alguns avanços no que diz respeito à proporção do financiamento que os bancos admitem emprestar. O Observador recolheu junto dos bancos a informação sobre o rácio máximo de financiamento/garantia que cada um admite.

Entre os vários bancos que responderam às questões do Observador, fica a ideia de que – oficialmente – os bancos “não têm planeado”, para já, passar a exigir entradas menores aos clientes de crédito à habitação. Foi esta a posição assumida por quase todos os bancos inquiridos.

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